Vez por outra somos surpreendidos por cenas que nos transforma e nos ensina o que realmente tem valor.
Vi hoje um senhor idoso, impossibilitado de andar como antes, segurando em um bengala simples feita de um pedaço de madeira.
Descia pelas ruas do meu bairro, antes mesmo de reparar tudo o que havia naquela cena, eu escutava a alegria de uma criança que ao ver seu avô, mesmo sem muito a lhe oferecer, alegrar-se com sua chegada.
E quantos mais passos lentos ele dava em sua busca, ele se alegrava, sorria, gritava: Hêêê! e repetiu isso por várias vezes.
O grito de alegria daquele que encontra amor naquele que quase nada pode lhe dar ou fazer.
Alegria de amar sem nada receber.
Aquele velho senhor, tinha apenas um sorriso escondido em meio a sua dor e dificuldades, um sorriso que substituía as palavras.
Sorriso de quem ama e diz: posso não servir ou fazer muito, mas estou aqui para amar e cuidar.
A alegria do encontro.
O encontro de gerações diferentes, que nessa manhã me ensinou o que é o amor.
Senhor minha prece hoje é que eu aprenda a amar as pessoas que pensam ser inúteis, que na sua velhice ou doenças sentem se indignas até mesmo de ser amadas, ensina-me a fazer com quem eles se sintam amados, ensina-me com teu amor e no teu amor.
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